terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

!كل الدعم للمصريين

           Muhammad Anwar Al Sadat, presidente egípcio, foi assassinado em 1981 por infiltrados nas forças militares do país, aparentemente. Desde então, seu sucessor, Hosni Mubarak lidera uma ditadura que já dura trinta anos no poder. Utilizando-se do contato estabelecido pelo ex-presidente com Israel, Mubarak cedeu total apoio nos ataques ao povo palestino, o que resultou a alguns anos no fechamento da fronteira entre a Faixa de Gaza e a Península do Sinai.
            A cada três árabes, um é egípcio. Com o bloqueio da fronteira, os alimentos subiram de preços e a população encontra-se em miséria, enquanto a família de Mubarak acumula uma fortuna em dólares e vive em uma luxuosa casa de Londres, pois lá reina a paz.
           A luta deste povo é duradoura, realizando manifestos recordes desde 2008, exigem a renúncia de Mubarak e o fim de seu mandato de tempo indeterminado. Porém, a força dos trabalhadores egípcios não é páreo para ajuda militar vinda do Imperialismo Estadunidense. O Egito recebe anualmente, US$ 2 bilhões dos EUA e mais $ de Israel, para se equipar e prepara-se militarmente. O centro da cidade do Cairo neste último dia 1°, foi tomado por cerca de 1 milhão de trabalhadores e estudantes em manifesto pacífico, enquanto, desarmados, gritavam e cantavam, policiais disfarçados se infiltraram em meio a multidão e iniciaram o tumulto que resultou na morte de, por baixo, trezentos manifestantes pelos tanques de guerra e tropas do exército.
           Em campanha, o presidente norte americano Barack Obama prometeu a retirada das tropas americanas do território árabe, mas logo após sua posse, enviou mais 1.400 soldados para se juntar aos 97 mil militares já instalados por George Bush. A política imperialista estadunidense visa como alternativa a nomeação do vice-presidente Omar Suleimán, ex-chefe do serviço secreto, para a derrubada de Mubarak, mas sem perder o principal para a continuidade do regime. Quando perguntado sobre os acontecimentos no Egito, Obama disse em entrevista: “tem de começar a tranferência de poderes agora”.
            Por outro lado, os trabalhadores devem ter cuidado para evitar um golpe vindo da Irmandade Muçulmana, a qual já planeja mudanças na constituição egípcia e por ter Obama como inimigo n°1 empossaria o general chefe do estado maior do exército, único a manter boas relações. Portanto, colocaria o país nas mãos da OTAN, a serviço dos EUA.
            Em meio a tudo, as redes Talibã e Al-Qaeda ganham forças com a população que já não está mais disposta a negociações. Um povo de lutadores, maior parte formado por jovens que querem paz e liberdade para seu futuro, guiados por tanta violência.
            Fica todo o apoio as revoluções e repúdio as ditaduras e relações diplomáticas exteriores que financiam a violência. Que venham as vitórias do povo árabe e sirvam de impulso para as lutas de estudantes e trabalhadores de todo o planeta!
            Mês de março receberemos a visita do presidente yankee e sua política imperialista, vamos mostrá-lo que aqui não se constrói relacionamentos em intersses próprios e que nem mesmo no carnaval tudo é uma festa!

Um comentário:

  1. Ju, excelente crônica!!!

    Oque mais me "emputece" é saber que os EUA em outra época instituiu as ditaduras, e depois desfez as principais sob títulos de hérois da liberdade e a única não destituiram, Cuba,(com todo o seu atraso e disciplina ainda sim)massacram com embargos econômicos mesquinhos...atrasando o avanço. A politica internacional tem lá seus acordos de risco, mas quando o interesse da Nação Dominante prevalece aos submissos o resultado é desastroso muitas vezes: não somos tolos, ora ora seu presidente(s), povo na rua e na LUTA!!!!!!!


    bah me empolguei! kkkk bjoo Ju!
    @Cassitapoa
    http://mundodacassita.blogspot.com

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